August 27, 2009
Post? Não.
August 24, 2009
Sete chaves.
Aquela menina que um dia sofreu, trancou seu coração, encheu um rio com suas lágrimas, colocou tubarões nele e jogou a chave lá dentro, sim.
Tudo o que ela passou vai acontecer em dobro com o idiota. E ela vai achar alguém que vale a pena.
Se bem que ela podia achar alguém que vale a pena sem sofrer tanto, hm. Ela merece.
É difícil dizer o que aconteceu depois.
- Me deixa te abraçar, pela última vez. É a minha última chance de sentir de novo. Mas você acabou comigo, e agora eu... eu nem... não consigo sentir mais nada. Isso tá me deixando em pedaços, eu tento me controlar, mas machuca demais.
- Me perdoa? – ele disse.
- Eu tento perdoar. Mas não é suficiente pra fazer com que tudo fique, pelo menos, normal.
- Mas eu te disse... a verdade! – ele pareceu bem surpreso. Eu sabia que ele estava mentindo.
- Eu não posso te dizer algo que é real! Cara, a verdade dói! Mas as mentiras doem mais ainda!
- E o que eu posso fazer pra mudar isso, sei lá? Fica comigo, pra sempre. De novo. Por favor? O que eu posso fazer?
- Você podia me amar um pouco menos do que antes.
E ela foi embora.
Muitos beijos.
Trilha Sonora: Broken Strings – James Morrison ♪
She will be loved – Maroon 5 ♫
PS: Tubarões não vivem em rios.
PS¹: Vocês podem notar alguma semelhança entre o texto e a primeira música que eu sugeri (:
August 22, 2009
Eu poderia ficar assim pra sempre.
E quando eu disse sempre, eu quis dizer ‘por muito tempo’, como na Fantástica Fábrica de Chocolate.
Esse não vai ser um post gigante. Nem tô a fim de escrever. E apaguei tudo que tinha escrito umas quatro vezes. Perdi a paciência.
Eles são amigos (foto).
Um brinde à nossa amizade, que tal?
Muitos beijos.
Trilha Sonora: Down We Fall – Drake Bell ♫
August 21, 2009
Adeus.
O despertador tocou às 9h, mas parecia que ainda eram 5h. A noite passada tinha sido longa, cheia de coisas pra fazer: mergulhos na piscina, um filme de terror passando na TV, conversas intermináveis no sofá e nos colchões infláveis. Agora, porém, o dia amanhecera, e o sol escorria para dentro das janelas da sala, não dava pra negar.
Rolei na cama e puxei as cobertas para cobrir a cabeça, querendo só mais uns momentos de descanso tranquilo. Mas Rafa e Lucas, todos cheios de energia, tipo pilha Duracell não me queriam dormindo.
- Vai, Bia! De pé, já! – gritou Rafa, transbordando entusiasmo.
- É hoje que a gente vai subir aquela montanha.
Na noite passada, o Rafa havia prometido que ia me levar lá naquela montanha.
- Me deixa, eu chego um pouquinho atrasada. – murmurei, debaixo dos cobertores.
- Ah, vamos lá, Bia! – disse Lucas, sorrindo.
Saí me arrastando do colchão, então fui ao banheiro me trocar e escovar os dentes. Eles já tinham comentado bastante sobre essa montanha, parece que a subida ia ser difícil.
Quando terminei me sentei e, que gracinha, o Lucas tinha preparado um sanduíche pra mim.
- Valeu.
- Não foi nada não – respondeu ele.
- Hm, dá pra vocês pararem ai com esse climinha, senão eu vomito! – O Rafa sabe muito bem como acabar com a felicidade das pessoas.
- Vai falar assim com outro, ok?
Rimos, e percebemos que a casa estava vazia. Os outros deviam ter ido ao mercado, ou sei lá. Não dava pra gente sair sem avisar. Então ficamos lá. Jogamos Banco Imobiliário, ouvimos música. Peguei o violão e eles tocaram algumas músicas que ninguém conhece.
Quando era mais ou menos meio-dia, eles chegaram. Minha mãe, Edgar e a Marta, mãe dele. É, tinham ido ao mercado.
- Bia, você não quer esperar o almoço?
- Ah, querer eu não quero, já acordei cedo, Rafa. – rimos. – Mas eu espero, não tem problema não.
Trocamos um olhar de cumplicidade e fomos pra sala, de novo.
Escutamos um grito, e fui ver. Era o Edgar. Gritando por causa do Bruce, o cachorro. Olhei pro Lucas e revirei os olhos. Ninguém merece um irmão medroso assim. Minha mãe ficou em pânico, ligou pro meu pai e ele foi nos buscar.
Ganhei um abraço do Rafa.
Sem montanha.
Muitos beijos.
Trilha Sonora: Porque eu sei que é amor – Titãs ♫
August 12, 2009
A grama é confortável.
Você já ficou deitado, olhando pro céu? Em um dia de sol, ou chuva, em que o sol se esconde. É sempre bom. Eu venho fazendo isso um pouco mais, nesses dias de férias. Agora sozinha.
A gente ia lá pro Pavilhão Vera Cruz e andava de skate. E depois deitávamos na grama, fotos. Riamos daquelas piadas velhas, contávamos casos. Nossas novidades, a coisa vergonhosa que os nossos pais tinham feito recentemente. Os passarinhos cantavam, e a gente cantava junto, a mesma melodia, talvez. Dançávamos um pouco, até. As pessoas até olhavam estranho, mas quem disse que a gente tava aí pra isso?
Palhaços. Não sabem apreciar a vida e dão risada de quem sabe. Er, melhor ficar calada.
Quando chovia a gente nem ligava, tentávamos nos preocupar com outras coisas. Como ficarmos juntos, sem aquele medo de sermos descobertos, sabe? Não era nada errado, a mente tranquila.
Rachamos um sorvete, a água, ou a Coca-Cola. Zero, pra manter a forma e acabar com os ossos. Éramos felizes, eu acho.
Tínhamos nossos sonhos, compartilhávamos tudo. É assim que devia ser.
E as tardes na pracinha? Só a gente e um violão. Diferente do nosso primeiro dia.
Tão.
Perfeito.
Bom demais para ser verdade, é o que eu me permito dizer sobre isso.
É, eu ainda lembro de tudo. Vejo tudo, cliquei tudinho com meus olhos, somente. O tempo passa, as coisas se colocam no lugar. Outras são descobertas. Então eu vejo que são só memórias. Memórias que nunca vão se apagar, embora eu queira muito que elas saiam de mim.
Nosso.
Último.
Verão.
“Memórias que ficam”.
Sem muitos beijos hoje.
Trilha Sonora: Our Last Summer – Mamma Mia ♫